terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Que se saiba um outrem(2)

Não tem, não é e não sabe ser. Espiríto vazio, sem dar, sem merecer. Deixai-vos o tempo te criar. Confortai-vos com o mundo de ilusão. Criatura no meio de milhões, mas é sozinho na multidão. Eu não sei o que essa efêmera criatura precisa. Já tentei ajuda-la, mas é impossivel, mostrar na frente, o nectar dos deuses para quem tem olho na nuca. E sons para quem tem ouvidos nos pés. Poderia tentar me desvencilhar e partir para um novo oásis, mas a criatura de olho na nuca e ouvidos nos pés há de me perseguir. E quando ela beirar num ponto de sobriedade, uma lágrima cairá e, junto a ela, a sobriedade da criatura se espairecerá, depois disso a morte do oásis é bem vinda. De que adianta procurar um novo oásis? A criatura é o próprio demônio.

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